Em entrevista ao saite do Sinterp, Dolorice Moreti, uma das mais respeitadas pesquisadoras do quadro da Empaer, garante que a mandioca tem tudo para estar no centro de uma das mais rendosas produções agrícolas de Mato Grosso, podendo ampliar o destaque que nosso Estado já conquistou com a produção de commodities como a soja, o algodão e o milho.
Já fazem três anos que Dolorice, trabalhando nos campos experimentais da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural nos municípios de Acorizal e Cáceres vem supervisionando as pesquisas que avaliam diversas variedades de mandioca utilizadas para consumo in natura, tanto pelas pessoas quanto pelos animais e também para industrialização e produção de produtos como a farinha.
Apesar da mandioca ser uma raiz que vem sendo utilizada para a alimentação, no Brasil, desde tempo imemoriais, a pesquisa supervisionada por Dolorice é pioneira e se desdobra na avaliação convencional da adubação química (NPK -Nitrogênio, Fósforo e Potássio), microbiológica com a utilização da bactéria Azospirillum (fixadora de nitrogênio) e consorciada com as leguminosas – feijão de porco e crotalária para a adubação verde.
As raízes colhidas são pesadas para determinar a variedade mais produtiva por hectare, bem como verificar os tratamentos aplicados para o rendimento da cultura. Dolorice Moreti acompanha a colheita numa área de 0,5 hectares. Foram plantadas variedades da mandioca recolhidas aqui mesmo em Mato Grosso, como a Igarapé vermelha, liberata, seringueira, mandioca uva e mandioca sopa, que estão sendo tabuladas separadamente.
Também estão sendo pesquisadas dez outras variedades de mandioca trazidas de outras regiões e repassadas à pesquisadora da Empaer por técnicos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com a finalidade de que sejam verificadas a sua produtividade em solo mato-grossense, a presença de pragas e sua resistência às doenças.
O objetivo dos estudos é fornecer, ao final, aos pequenos produtores rurais de Mato Grosso um conjunto de práticas recomendáveis que possam contribuir para que eles tenham a garantia de melhores resultados em sua produção, com um menor custo, otimizando assim os seus rendimentos.
O projeto supervisionado por Dolorice Moreti vem sendo desenvolvido com recursos próprios da Empaer, que não são muitos, com o o Sinterp sempre tem ide dada a fase de dificuldades estruturais que a empresa teve que superar nestes últimos anos.
Com a reestruturação da empresa, resultado da pressão do Sinterp e de uma disposição renovadora que vem marcando a administração do atual governador Silval Barbosa, a expectativa é que projetos como o da mandioca possam receber os recursos necessários para que a busca por resultados seja acelerada.
No vídeo, você acompanha os principais trechos da entrevista da pesquisadora Dolorice Moreti ao saite do Sinterp.