Descaso provoca importação de R$ 1,5 bilhão de hortifrutigranjeiros
O Sinterp-MT denuncia que o governo de Mato Grosso está promovendo o total desmonte das áreas de pesquisa e fomento da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural – Empaer, pioneira do setor há 60 anos. Com isso, culturas como banana, mandioca e café serão prejudicadas. A produtividade do café em MT, por exemplo, subiu de seis sacas por hectares para 22 sacas beneficiadas por ha. No campo de Tangará da Serra, nos trabalhos de pesquisa do café, estão chegando a 150 sacas beneficiadas por hectares, com cafés especiais para exportações.
Outro ex: jovens rurais da Bahia com apoio da pesquisa saíram de 12 toneladas/hectare para 45 toneladas e muitos que tinham ido para cidades voltaram para o campo.
A falta de pesquisa e fomento no campo deverá aumentar ainda mais o êxodo rural, trazendo para cidades trabalhadores sem experiência. No fomento, os pequenos agricultores ficarão sem atendimento sobre as análises de solos, mudas subsidiadas e alevinos que são importantes para a produção agrícola.
O Sindicato é contra, contudo o governo vai vender parte do Campo Experimental de Tangará da Serra e parte do Centro Regional de Pesquisa de Sinop.
Quer desativar os centros regionais de pesquisa dos municípios Cáceres, Várzea Grande, este último dispõe de vários laboratórios, inclusive o único laboratório de análises de solos público de Mato Grosso deixará de funcionar e os pequenos agricultores familiares terão que pagar na rede privada quando precisar. A ideia governamental é demolir 76 salas para construir conjunto habitacional.
Imagem: João de Melo
Desativar também o Campo Experimental e de Produção de Nossa Senhora do Livramento, acabando com a Estação de Piscicultura que produz milhares de alevinos que são comercializados para recria e engorda em cativeiro por agricultores familiares.
“A extinção da Empresa só ainda não aconteceu pela defesa do Sindicato com apoio da Assembleia Legislativa. Agora, a Empaer está no caos, e perguntamos quem vai fazer pesquisa e fomento para a agricultura familiar”, questiona o presidente do Sinterp-MT Gilmar Antônio Brunetto/Gauchinho.
“Os pequenos produtores vão ficar sem o trabalho dos pesquisadores da Empaer para validação de tecnologia de fomento”, alerta o presidente do Sindicato. A agricultura familiar nunca esteve numa situação tão difícil como a que se encontra atualmente, pois os jovens sumiram do campo, por falta de incentivos, e o trabalho pesado é realizado na grande maioria por idosos acima de 60 anos mantidos pelas aposentadorias/pensões do INSS por falta de renda com a produção. Os agricultores familiares e o Sinterp-MT esperam contar novamente com o apoio dos deputados estaduais para evitar o total desmonte da Empaer-MT.
Pres. Gilmar Antônio Brunetto/Gauchinho/ 65 999989247
Cecília Gonçalves/imprensa/65999821573